Insônia por Ansiedade: causas, sintomas e soluções

Publicado por psicologo.marcusmedeiros@gmail.com em

Uma mulher adulta deitada na cama durante a noite, com expressão de preocupação, olhos abertos olhando para o teto, luz suave azulada vinda da janela indicando que é madrugada. Ao lado da cama, um relógio digital marcando 3:12 da manhã. No quarto, ambiente simples e escuro, com uma leve bagunça que sugere tensão do dia. Ansiedade e insônia.

Dormir deveria ser o momento mais tranquilo do dia. Mas, para quem vive com ansiedade, essa hora pode virar uma verdadeira batalha. Neste artigo, vamos conversar de forma simples e direta sobre como a ansiedade gerar insônia, o que pode piorar essa situação no dia a dia e, principalmente, o que você pode fazer para começar a dormir melhor o quanto antes.

Por que a ansiedade começa quando deitamos para dormir?

Todo mundo já passou por isso em algum momento. O dia foi cheio, cansativo, cheio de tarefas, correria, preocupações. Você pensa: “mal posso esperar pra deitar e descansar”. Mas aí chega a hora de dormir… e o sono não vem.

O corpo está exausto, mas a cabeça continua ligada. Os olhos fecham, mas os pensamentos continuam abertos. Lembranças do que deu errado, preocupações com o que ainda nem aconteceu, cobranças e pequenos medos que crescem no escuro do quarto.

Você olha o relógio: meia-noite. Uma da manhã. Duas. O tempo passa e você continua ali, deitado, virando de um lado para outro. E com cada hora acordado, nasce uma nova angústia. “Amanhã vou estar um caco.” “Por que não consigo dormir?”

Essa é uma das formas mais comuns que a ansiedade usa para aparecer. Não vem gritando, não chega de repente. Ela vai entrando aos poucos, junto com o silêncio da noite e a falta de distrações. Quando tudo para, ela fala mais alto.

E aí, o que era pra ser descanso, vira luta.

A ansiedade nem sempre aparece com sinais claros. Às vezes, ela se disfarça de cansaço, de preocupação normal, de excesso de pensamento. E é por isso que muita gente demora a perceber que está lidando com algo mais profundo.

Você acha que está só tentando resolver as coisas da vida, mas seu organismo está em estado de alerta o tempo inteiro. Deita já pensando no que precisa fazer amanhã, depois de amanhã, na semana que vem. E o corpo entende isso como um pedido de “fique acordado, você tem o que fazer”.

Mesmo sem motivo concreto, seu coração acelera, o peito aperta e aí o sono vai embora. Tem gente que começa a dormir com dor de cabeça. Outros acordam várias vezes durante a noite, como se o corpo não confiasse que pode descansar de verdade. Ele reage como se tivesse trabalho a ser feito.

A ansiedade também pode chegar com irritação. Coisas pequenas viram motivo de raiva ou frustração. Você sente que está “no limite”, sem paciência, como se algo estivesse prestes a dar errado, mesmo sem saber o quê.

E quando isso se repete por várias noites, o medo de não conseguir dormir vira mais um motivo de ansiedade. Um ciclo difícil de quebrar.

Mas entender como isso começa já é o primeiro passo pra sair desse ciclo.

Cansaço físico, mente agitada: entenda essa contradição

É estranho como o corpo pode estar exausto e, mesmo assim, não conseguir descansar. Você sente os ombros pesados, as pernas doendo, os olhos querendo fechar. Mas quando se deita, algo não encaixa. O sono não vem. Ou até vem, mas é leve, quebrado, e muitas das vezes você acaba acordando mais cansado do que quando deitou.

Isso acontece porque a ansiedade coloca o corpo em estado de vigília. Mesmo quando você não percebe, seu organismo age como se precisasse se preparar para um perigo. O coração bate mais rápido, a respiração fica curta, os músculos não relaxam totalmente. E dormir nesse estado é como tentar cochilar com um alarme tocando no fundo (justamente uma tarefa difícil).

E aí vem a confusão: você se alimenta bem, trabalha duro, tenta manter a rotina, mas o corpo parece não cooperar. É como se ele não desligasse nunca. Isso gera frustração, e a frustração vira mais ansiedade e assim o ciclo continua crescendo cada vez mais.

Isso traz uma importante conclusão: descansar de verdade não vem só quando deitamos. Vem quando conseguimos, por dentro, sentir que está tudo bem em parar.

Na prática o que acontece com muitas pessoas é se deitar, apaga a luz e começar a pensar: o que eu falei hoje no trabalho? Será que aquela pessoa entendeu errado? E aquele boleto? Será que vai dar para pagar? Preciso lembrar de ligar amanhã, mas e se eu esquecer? E se algo der errado?

Os pensamentos vão e vêm, um puxando o outro como um novelo sem fim. É como se sua mente aproveitasse o silêncio da noite pra resolver tudo que ficou pendente durante o dia. E esse é um dos grandes motivos pelos quais muita gente ansiosa não consegue dormir.

A mente acelerada não respeita o tempo do corpo. Ela corre quando o corpo quer parar. E quanto mais você tenta forçar o sono, mais ela corre e a insônia aparece. Isso é comum em quem vive preocupado, querendo dar conta de tudo, se cobrando o tempo todo.

Às vezes, até tentações simples alimentam essa agitação. Você pega o celular “só pra ver a hora”, mas acaba rolando a tela, vendo notícias, vídeos, conversas que te colocam ainda mais em alerta. A verdade é que o pensamento não tem botão de desligar. Mas ele pode ser acalmado com treino, com hábito, com escolhas que vão ensinando o cérebro que a noite é hora de parar, não de resolver os problemas.

Três hábitos comuns que alimentam a insônia e a ansiedade

Muita gente acha que a insônia começa só na hora de deitar. Mas, na verdade, ela costuma ser construída aos poucos, durante o dia. Pequenas atitudes que parecem inofensivas vão se acumulando e, à noite, cobram um preço alto.

Um dos vilões mais comuns é o café. Ele é parte da rotina de muita gente: de manhã, depois do almoço, no meio da tarde. Mas o que poucos sabem é que a cafeína pode ficar no corpo por horas. Tomar café depois das 16h, por exemplo, já pode atrapalhar o sono. O corpo pode até parecer cansado, mas por dentro, continua em alerta.

Outro hábito que alimenta a ansiedade noturna é o uso excessivo do celular. A luz da tela engana o cérebro, fazendo ele pensar que ainda é dia. Além disso, o conteúdo que consumimos antes de dormir, notícias ruins, redes sociais, mensagens de trabalho, mexe com nossas emoções. E dormir depois de um turbilhão de estímulos é quase impossível.

Por fim, tem a preocupação constante. Ao longo do dia, acumulamos pequenas tensões que vamos empurrando pra depois. E esse “depois” costuma chegar justo quando tudo fica em silêncio. A mente entende que é hora de resolver o que foi guardado. E começa a remoer, pensar, imaginar cenários, se preocupar.

Esses três hábitos parecem simples, mas têm um efeito direto no seu sono. O primeiro passo pra dormir melhor pode estar em mudar o que você faz quando ainda está acordado, justamente por que o dia tem grande influência na sua noite de sono e pequenas escolhas podem acabar por fazer grandes resultados.

Por exemplo: você passa o dia inteiro correndo, pulando refeições, respirando mal, sem um momento de pausa. Aí espera que, quando deitar, seu corpo relaxe de uma vez. Mas o corpo não tem esse botão mágico. Ele precisa de sinais, de um caminho mais calmo antes do sono.

Outro ponto é a forma como lidamos com o estresse. Guardar tudo pra si, fingir que está tudo bem, aguentar sem conversar com ninguém. Isso pesa. Mesmo sem perceber, seu corpo carrega essa tensão. E, à noite, ela vira insônia.

Tem também a relação com a rotina. Dormir e acordar em horários muito diferentes a cada dia bagunça o relógio do corpo. Ele se confunde, não sabe mais quando é hora de desligar. Por isso, dormir mal vira um hábito, mesmo quando você quer descansar.

Mas a boa notícia é que o contrário também vale. Escolhas simples, como desligar as telas uma hora antes de dormir, criar um momento de silêncio, tomar um banho morno ou escrever seus pensamentos num papel, podem ensinar o corpo a desacelerar e relaxar.

Técnicas simples para dormir melhor com ansiedade

Quando a ansiedade e a insônia aparecem juntas, pode parecer difícil encontrar um jeito fácil de dormir melhor. Mas é possível!

A respiração pode ser o primeiro importante passo. Respirar devagar, profundamente, tente a acalmar o organismo e diminui a sensação de aperto no peito. Experimente respirar contando até quatro, segurar o ar por quatro segundos e soltar contando até quatro. Repita algumas vezes e veja como o corpo começa a desacelerar.

Outra coisa importante é criar uma rotina para a hora de dormir. Se você conseguir ir para a cama e acordar mais ou menos no mesmo horário todos os dias, seu corpo vai entender que aquele é o momento de descansar. Isso ajuda a regular o sono e facilita pegar no sono mais rápido, afastando a insônia.

Também vale cuidar do ambiente. Um quarto silencioso, escuro e com temperatura agradável ajuda muito. Se não tiver jeito de evitar barulho, tente usar um ventilador ou um som branco, que são sons suaves que ajudam a esconder os ruídos externos.

Evitar luz forte, principalmente a do celular e da televisão, pelo menos uma hora antes de dormir, também ajuda o cérebro a se preparar para o descanso.

Outra ideia é escrever o que está na sua cabeça. Pegar um papel e anotar as preocupações ajuda a tirar esses pensamentos da mente e colocar no papel. Assim, você não fica repetindo as mesmas coisas na cabeça sem parar.

Tente também criar um ritual: um banho morno, vestir roupas confortáveis, escovar os dentes e se preparar para a cama sempre na mesma ordem. Isso ajuda o corpo a entender que chegou a hora de parar de fato.

Por fim, se conseguir, faça uma caminhada leve ou algum alongamento simples durante o dia. Movimento ajuda a liberar o cansaço acumulado e deixa o corpo mais pronto para dormir justamente pela liberação de hormônios específicos.

Com esses pequenos cuidados, a ansiedade perde força e o sono melhora aos poucos. Essas mudanças não custam nada, mas fazem uma diferença grande na insônia. Isso mostra na prática que nem sempre é preciso remédios caros ou tratamentos difíceis para melhorar a ansiedade e a insônia.

Como saber se está na hora de procurar ajuda para ansiedade e insônia

Nem sempre é fácil perceber quando a ansiedade e a insônia estão passando do limite e precisam de ajuda profissional. Às vezes, a gente acha que é só uma fase, que vai melhorar sozinho, mas o corpo já pode estar pedindo socorro.

Alguns sinais importantes para prestar atenção são:

  • Você não consegue mais fazer suas tarefas do dia a dia porque está sempre cansado ou preocupado demais.
  • As noites com insônia já viraram rotina e isso está afetando seu humor, seu trabalho ou seus relacionamentos.
  • Sentir medo ou pânico sem motivo aparente, como se algo muito ruim fosse acontecer a qualquer momento.
  • Ter dificuldades para controlar os pensamentos negativos e a ansiedade está atrapalhando até momentos de lazer ou descanso.
  • Sentir dores no corpo, falta de ar, palpitações, ou outros sintomas físicos que não têm explicação médica.

Quando esses sinais aparecem, não é vergonha nenhuma procurar um profissional, como um psicólogo ou médico. Pedir ajuda é um passo importante para cuidar de você e melhorar sua qualidade de vida.

O psicólogo ajuda a entender o que está causando a ansiedade e ensina técnicas para lidar melhor com a ansiedade. O importante é saber que o tratamento não é imediato. Ele leva tempo, exige paciência e persistência. Mas, com o acompanhamento certo, é possível melhorar bastante a qualidade do sono e reduzir a ansiedade.

Lembre-se: cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar do corpo.

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Psicólogo em Arapiraca sentado mexendo em um computador

Psicólogo Marcus Medeiros | Psicólogo Comportamental
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